
Transtornos psiquiátricos que comprometem o bem-estar
No Brasil e no mundo, os diagnósticos de transtornos psiquiátricos têm se tornado cada vez mais comuns.
A atuação clínica é voltada à avaliação diagnóstica e ao acompanhamento de transtornos mentais que trazem prejuízo na qualidade de vida de adolescentes e adultos. A abordagem é centrada na escuta qualificada, no vínculo terapêutico e na construção de um plano de cuidado individualizado.
As intervenções propostas são baseadas em evidências científicas, com foco na segurança, na efetividade e na individualidade de cada paciente.
A seguir, estão descritas algumas das principais condições acompanhadas na prática médica.
Transtornos e sintomas
Depressão
Os transtornos depressivos constituem um espectro de condições clínicas marcadas por humor deprimido, perda de interesse ou prazer, alterações cognitivas e somáticas, que interferem significativamente no funcionamento diário e na qualidade de vida.
Entre os diagnósticos mais frequentes estão o episódio depressivo maior, o transtorno depressivo persistente (distimia) e quadros depressivos associados a condições médicas, hormonais ou eventos de vida. Os sintomas podem incluir fadiga, insônia ou hipersonia, alterações no apetite, lentificação psicomotora, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva e, em casos mais graves, ideação suicida.
O diagnóstico é clínico, baseado nos critérios do DSM-5, considerando a duração, intensidade dos sintomas e prejuízo funcional. O tratamento pode envolver abordagens psicoterapêuticas, suporte psicossocial e farmacoterapia, sempre com plano terapêutico adaptado à singularidade de cada paciente.
Ansiedade
Os transtornos de ansiedade compreendem um grupo de condições caracterizadas por excesso de medo e ansiedade, acompanhados de alterações comportamentais e fisiológicas que comprometem o funcionamento pessoal, social e ocupacional.
Entre os quadros mais prevalentes estão o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o transtorno do pânico, a fobia social (transtorno de ansiedade social) e as crises de ansiedade situacional. Em comum, apresentam preocupações persistentes, hipervigilância, sintomas somáticos (como taquicardia, sudorese, tensão muscular e dispneia), distúrbios do sono e prejuízo funcional.
O diagnóstico é clínico, fundamentado nos critérios do DSM-5, considerando frequência, intensidade e duração dos sintomas. O tratamento é individualizado e pode envolver psicoeducação, psicoterapia, intervenções comportamentais e farmacológicas, de acordo com o quadro e as necessidades de cada paciente.
Insônia
A insônia é um distúrbio do sono frequentemente observado na prática clínica, definida pela dificuldade em iniciar ou manter o sono, pelo despertar precoce ou pela sensação de sono não restaurador, mesmo diante de tempo e ambiente adequados para dormir. Esse quadro pode se manifestar de forma aguda ou crônica, evoluindo com prejuízo na qualidade de vida.
O tratamento da insônia envolve uma abordagem individualizada, que pode incluir intervenções comportamentais, reestruturação dos hábitos de sono e, quando bem indicado, estratégias farmacológicas.